Com cenário otimista da economia, mercado imobiliário é um dos mais beneficiados pela redução da taxa básica de juros
Por muitos anos o brasileiro conviveu com a inflação, – durante as décadas de 1980 e 1990, o país passou por uma situação que ficou conhecida como hiperinflação. Assim como sugere o nome, os índices de inflação eram altíssimos, já o poder aquisitivo dos consumidores se diluía mês a mês. Desde então, cada governo tem, a seu modo, tentado controlar a inflação. Um dos principais métodos é por meio da taxa Selic.
Em um contexto geral, a taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) é a taxa média de juros paga pelo governo brasileiro em empréstimos tomados de instituições bancárias. Em tese, quando a taxa Selic aumenta, os bancos tendem a emprestar mais dinheiro ao governo, para aumentar seus rendimentos. Seguindo a mesma lógica, a redução da taxa Selic tende a estimular os bancos a emprestarem mais dinheiro diretamente ao consumidor, porque aumenta a oferta de capital disponível no mercado.
Mesmo que de modo indireto, ainda é a taxa Selic que regular as outras taxas de juros praticadas no Brasil, como as taxas de poupança, crediário, cartões de crédito, cheque especial e mercado imobiliário
O que muda par ao mercado imobiliário com a redução da Selic?
Com base nos apontamentos do estudo Indicadores Nacionais do Mercado Imobiliário, publicado no mês de setembro de 2017 pela Câmara Brasileira da Industria da Construção (CIBC), as vendas no mercado imobiliário e o lançamento de novos empreendimentos voltaram a crescer no segundo trimestre de 2017. De acordo com os indicadores, houve um aumento de 17.4% no número de vendas, já o volume de imóveis novos atingiu crescimento de impressionantes 59.8%.
Mesmo sendo tímida a retomada de confiança do mercado na economia, a considerar a crise política ainda vigente no pais, um dos fatores que contribuem com essa tendência no setor imobiliário é justamente a redução da taxa Selic. Em 25 de outubro, a Selic foi reduzida para 8.25% para 7.5% ao ano. Além de ter sido a nono corte consecutivo da taxa básica de juros, que a levou ao menor patamar desde abril de 2013, o mercado ainda especula que a Selic tenha nova queda no mês de dezembro, podendo chegar aos 7% ao ano.
De fato, o momento é de otimismo no mercado imobiliário já que juros menores tendem a movimentar a disponibilidade de crédito e investimentos imobiliários.
exame.abril.com.br